A visita de José Fanha à nossa Escola levou-nos a querer conhecer melhor a sua obra. Aqui estão os livros deste autor, editados pela Gailivro, que podes agora ler na Biblioteca:
Breve antologia organizada, seleccionada e declamada por José Fanha.
O dia em que a barriga rebentou
Pai Bisnau, mãe Bisnuca, filhos Bisnica e Bisneco, constituíam a terrível
Família Bisnau que só vivia para almoçar. E lanchar. E jantar. E cear. E comer a
todas as horas do dia.
Nem usavam talheres! Metiam as mãos, quer dizer, metiam as asas pelo tacho adentro e enchiam a boca de tudo o que conseguiam apanhar.
Todos os dias era o mesmo: grandes paneladas, muitos fritos e fritadas, chouriços e chourições, panelas e panelões com comidas gordurentas, batatas fritas e sumos, pastilhas, gomas e mais, tanto mais que já ninguém se espantou quando um dia a barriga do Bisneco rebentou!
Nem usavam talheres! Metiam as mãos, quer dizer, metiam as asas pelo tacho adentro e enchiam a boca de tudo o que conseguiam apanhar.
Todos os dias era o mesmo: grandes paneladas, muitos fritos e fritadas, chouriços e chourições, panelas e panelões com comidas gordurentas, batatas fritas e sumos, pastilhas, gomas e mais, tanto mais que já ninguém se espantou quando um dia a barriga do Bisneco rebentou!
Histórias para contar em noites de luar
São histórias de rainhas e reis, príncipes e princesas, histórias onde as estrelas podem cair do céu e entrar pelo mar dentro e onde conhecemos estranhas personagens como Pulquéria a domadora de palavras selvagens ou a velhinha que dava milho real a pombos imaginários. Histórias que devemos ter sempre à mão para aqueles momentos em que um menino, mais pequeno ou maior, de 8 ou de 80 anos, abre um sorriso e nos pede: «Conta-me uma história!»
Como nos diz José Fanha:
"Ninguém sabe os contratempos que um Pai Natal sofre para levar a tempo e horas
todas as prendas que as crianças irão receber, mal abrirem um olhito na manhã de
cada dia 25 de Dezembro!
As vésperas de Natal são uma canseira, uma lufa-lufa, um desassossego.
Eu, que fui Pai Natal durante vários anos, posso garantir-vos que, quando chega Dezembro, todos os Pais Natais andam de um lado para o outro com o coração nas mãos(...)"
As vésperas de Natal são uma canseira, uma lufa-lufa, um desassossego.
Eu, que fui Pai Natal durante vários anos, posso garantir-vos que, quando chega Dezembro, todos os Pais Natais andam de um lado para o outro com o coração nas mãos(...)"
A namorada japonesa do meu avô
Estou a ver que tenho de te cortar o computador!”, dizia-me quase todos os dias o meu avô Jaime com aquele sorriso bom com que ele e a avó Emília me envolviam.
Mas um dia a minha avó foi-se embora. Ficou doente e apagou-se como uma luzinha muito bonita que já não tinha força para brilhar.
O avô ficou muito triste e sem falar com ninguém.
Andava pela casa de um lado para o outro sem dizer uma palavra. Mais parecia um fantasma.
Às vezes virava-se para a parede e punha-se a tocar uma música muito triste no violino.
As lágrimas caíam-lhe devagar pela cara abaixo e só dizia: “Foi-se embora a minha Princesa… A minha Princesa… O que é que vai ser de mim?”
Foi para acordar o avô daquela tristeza toda que eu o ensinei a usar o compudador e a net sem saber no sarilho em que me estava a meter..."
O meu amigo Zeca Tum-Tum e os outros
Este livro "conta as histórias que acontecem numa turma do 5º ano em que convivem o Zeca
Tum-Tum, caboverdeano, a Maria Sarabandovitch, bielorussa,o Tiago Ping-Pong,
chinês, o Piarapora, brasileiro, mais outros, um alentejano, um minhoto, um
sintrense, e o narrador que é apenas... gordo"
Diário inventado de um menino crescido
É o próprio José Fanha que assim fala sobre o seu livro:
"Todos nós vivemos
acontecimentos extraordinários, conhecemos pessoas especiais, presenciamos
momentos irrepetíveis. O problema é que, quando começamos a crescer, começamos
também a esquecer muitos desses acontecimentos, dessas pessoas, desses momentos.
É para isso que servem os Diários. Para guardar a nossa memória. Um dia, resolvi
chamar o menino que já fui à escrita e pedi-lhe para escrever algumas das coisas
de que ele ainda se lembra: os colegas, a avó, o pai, as múltiplas e, por vezes,
contraditórias aprendizagens de que é feito o nosso crescimento. E assim nasceu
este Diário que é um bocadinho verdadeiro e um bocadinho inventado e que foi
escrito pelo menino já crescido que sou."
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